A pesca em rio está recheada de caracteristicas muito especiais, já que os próprios rios podem ser uma caixa de surpresas ou uma eterna dor de cabeça.
Na pesca em rio um dos factores importantes para o sucesso é a localização do peixe...no entanto e porque falamos de um local onde o peixe está em constante adaptação ás correntes, mudando rapidamente de sitio, este pode não ser o maior trunfo.Num rio, ao contrário da maioria das barragens portuguesas, é possivel encontrar vários locais (principalmente nas margens) que se revelam autênticos “hot-spot´s”.
Aqui destaco:
- Pequenas baías ou pequenos recantos na margem: aqui as águas têm tendencialmente menos corrente e por isso a carpa vê neste sitios o sossego que gosta para se alimentar.
- Espadanas: são diversos os locais ao longo de um rio, em que podemos encontrar espadanas junto ás margens e melhor que isso, dentro de água. Estes locais são regra geral propícios á paragem das carpas, pois para além de por vezes aqui encontrarem alimento, é um local onde se sentem muito mais seguras.
- Árvores Submersas ou caídas sobre a água: esta é uma das mais flagrantes situações que nos pode levar a encontrar um “hot-spot”. Para além de estas árvores terem muitas vezes alimento abundante (como sementes e pequenos frutos) e servirem também de “defesa” para o peixe, elas ajudam muitas vezes a criar pequenos spots em que a corrente está mais branda.
- Entrada de água de pequenos ribeiros: Os locais onde encontramos isto, são locais que não podemos deixar de ter em conta quanto a mim... para além de estas entradas de água oxigenarem um pouco mais a água, elas são condutoras na maioria das vezes de alimento, fazendo com que a carpa esteja muitas vezes junto a estas zonas.
- Zonas de ervas: muitas vezes estes locais, albergam uma quantidade considerável de alimento muito atractivo para a carpa, tal como, camarão do rio e mexilhão.
Assim, na minha opinião, detectar saltos das carpas (sinal óbvio de actividade) não é a melhor maneira de conseguir boas e regulares capturas. Insisitr em locais como os que descrevi, ainda que por vezes não se note por lá grande actividade, é uma aposta certa, já que mais tarde ou mais cedo o peixe irá ao encontro destes locais que tanto o atraem.
Baseado em algumas experiências minhas e de um amigo em rio, tanto em portugal como em Espanha, digo com convicção que para quem faz sessões mais prolongadas, engodar em quantidade abundante quando se começa a pescar pode ser uma grande ajuda...
Para quem faz sessões rápidas pode sempre engodar nos 2 ou 3 dias anteriores, tentanto seleccionar o lote de peixe ou simplesmente atraí-lo ao "spot". Não devemos esquecer que o peixe no rio movimenta-se muito, mesmo de inverno e por isso precisa sempre de muita energia.
Ao nivel das montagens, creio que podemos variar consoante as condições que encontramos. Podemos pescar com as montagens habituais se o fundo o permitir, ou em caso de lodo, usar montagens elevadas o suficiente para os iscos ficarem bem á vista.
Os iscos naturais, produzem regra geral melhores resultados.
Uma dica que eu dou para quem pesca nestas condições, é usar os flocos de pva para por no anzol e permitir assim que o isco assente lentamente no fundo, evitanto que este se enterre em lama ou lodo e nos estrague os planos.
IMPORTANTE: em rios com muita corrente é sempre aconselhável usar chumbadas o mais pesadas possível. Não são poucas as vezes em que a corrente desloca a chumbada com a sua força e nos coloca a montagem a pescar num sitio que nada tem a ver com o que escolhemos.